Um modelo de negócios na cadeia de resíduos sólidos
O EcoAequo se mostra uma solução bastante interessante para concessionárias de serviços públicos (energia, saneamento), para prefeituras ou para empresas que tenham interesse em manter um relacionamento amplo com as comunidades em que se inserem, ao mesmo tempo em que asseguram maior adimplência para os serviços prestados.
Pode também ser usado por cadeias de varejo (por exemplo, redes de supermercado), estabelecendo um programa inteligente de relacionamento e fidelização de clientes e podendo reunir vários participantes da cadeia de valor (fornecedores) nesse ecossistema.
Como funciona o programa completo EcoAequo?
O EcoAequo baseia-se em um programa de coleta seletiva de resíduos sólidos com valor de mercado.
Para você entender melhor, vamos tomar como exemplo a aplicação do EcoAequo junto ao setor de distribuição de energia: a troca dos resíduos sólidos (lixo reciclável) é realizada por meio de uma cadeia de valor formada pelos clientes da concessionária, empresas de coleta seletiva e a própria concessionária. A população leva seu material reciclável até postos de coleta que atuam como agentes arrecadadores e são responsáveis pela sua entrega à Indústria de reciclagem.
Nesses postos o material é pesado e trocado por bônus na conta de energia.
Tecnicamente essa solução de negócios é suportada – nos postos de coleta – por máquinas de registro de transações, associadas a cartões de identificação dos consumidores.
Essas informações são transmitidas para o sistema remoto de gestão que possibilita o controle, faturamento, administração, supervisão e auditoria de todo o processo.
A plataforma de processamento oferece total segurança de acesso aos dados. As transações são organizadas e controladas.
A interface de operação é simples e de uso intuitivo, permitindo a extração de dados estatísticos, gerenciais, comerciais e de atendimento. O ambiente de produção é modular e permite a ampliação de áreas e postos de atendimento, bem como novas empresas de coleta.
Onde e por que disponibilizar o EcoAequo?
O EcoAequo é uma solução bastante interessante para concessionárias de serviços públicos (energia, saneamento), para prefeituras ou para empresas que tenham interesse em manter um relacionamento amplo com as comunidades em que se inserem, ao mesmo tempo em que asseguram maior adimplência para os serviços prestados, ou melhor relacionamento e maior fidelidade por parte de seus clientes.
Como a KNBS atua nesse contexto?
O atendimento e a operação realizados pela KNBS
abrangem as seguintes etapas:
– Análise de viabilidade do negócio nas regiões de interesse estratégico: essa etapa é de extrema importância, pois a solução é adequada para regiões onde os usuários finais apresentam características de atendimento próprias, tanto no espaço social, cultural, como econômico. O levantamento e a análise de dados específicos das regiões de interesse permitem planejar com segurança ações e espaços necessários e adequados para o sucesso da implantação.
– Planejamento e projeto da cadeia de valor e suporte para a construção das parcerias que constituem essa cadeia: essa fase permite levantar os possíveis parceiros, construir e ativar parcerias e – principalmente – identificar os melhores pontos de
implantação, com base nos dados existentes e em experiências adquiridas através de situações reais (histórico de casos operacionais), avaliando também os dados econômicos que permitam o retorno financeiro.
– Implantação e operação de todo o sistema de suporte pelo modelo SaaS (Software as a Service – software como serviço).
O modelo de negócios baseado em software como serviço possibilita ao cliente controlar os custos mensais da operação sempre de forma proporcional ao porte do projeto a ser implantado, sem a necessidade de investir na aquisição de licenças de software e com a facilidade de ampliação ou redução sempre que necessário.
Conceito reconhecido e premiado
O EcoAequo nasceu de uma experiência iniciada em 2006 junto à concessionária Coelce como um projeto de Pesquisa e Desenvolvimento e ganhou o nome local de ECOELCE.
Foi um caso de sucesso e comprovou a existência de diversos benefícios ao longo da cadeia de valor, propiciando retorno para a comunidade envolvida, para as empresas de coleta e para a concessionária de energia.
Eleito entre os 20 projetos internacionais que comporão uma série televisiva patrocinada pelo “Pacto Global das Nações Unidas”, foi premiado pela ONU – World Business and Development Awards (Prêmio Empresas Globais e Desenvolvimento).
O prêmio foi entregue em Nova York em 24 de setembro de 2008, pela Câmera do Comércio Internacional, pelo Fórum Internacional de Líderes de Negócios e pelo PNUD.
Veja mais informações sobre o EcoAequo e o caso Ecoelce.
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“Além de zerar a conta ainda sobra dinheiro para o pãozinho!”
José da Silva – Morada Nova , CE
Seu lixo virando energia
COELCE | Fortaleza | CE
A parceria entre a COELCE (Concessionária de Energia do Ceará), atualmente do grupo ENEL, e a KNBS, resultou em um novo conceito de relacionamento com os consumidores, principalmente de baixa renda, facilitando também ações sociais e ambientais aos de maior poder aquisitivo – o ECOELCE. Este programa constituiu um novo paradigma social e uma nova forma de tratamento e de pagamento das contas de energia elétrica da população.
A KNBS concebeu a estrutura de negócios do projeto, organizou a estrutura de relacionamentos entre o cliente, a concessionária e as empresas de recebimento de resíduos, estudou as condições sociais e financeiras envolvidas e desenvolveu o sistema suporte para a garantia e auditoria das transações realizadas.
O programa consistiu basicamente na troca de lixo reciclável (agora denominados de resíduos) por créditos na conta de energia elétrica dos consumidores, com destinação organizada do material à indústria de reciclagem.
O cenário para o sucesso deste empreendimento consistiu, de um lado, na existência de uma necessidade de organizar a coleta de material reciclável (realidade que se manifesta pela atenção que a economia informal vem dispensando a esta atividade, em que crescem cada vez mais o número, porte e presença de catadores de lixo). Por outro lado, existe o esforço que os consumidores realizam para o pagamento de contas e a Concessionária para seu atendimento e controle de inadimplência, principalmente às faturas de pequenos valores.
O empreendimento teve por objetivo principal organizar um programa de coleta seletiva de resíduos sólidos com valor de mercado e através destes, contribuir com a sua destinação, propiciar a liquidez das contas de energia da população, principalmente, mas não somente, de baixa renda.
O programa gerou uma série de consequências sociais na medida em que tornou legítimas e adequadas uma rede de relacionamentos entre indivíduos e organizações garantindo todo o ciclo produtivo. De fato, é de fundamental importância a abordagem social do programa, que objetivou não apenas promover uma solução tecnológica, mas contribuir para uma mudança cultural e de atitudes no modo de vida da população, favorecendo o uso racional dos recursos naturais, melhorando as condições de higiene e, em última análise, colaborando com práticas de cidadania, sustentabilidade e fixação do homem na região.
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Cartões de coleta inteligentes
Grupo ENEL | Rio de Janeiro | RJ
O Programa ECOampla, da empresa AMPLA, também do grupo ENEL materializou-se através da implantação de postos de coleta de resíduos recicláveis, e o primeiro posto modelo foi realizado pela KNBS. Para tanto, os consumidores receberam cartões de coleta, do tipo smart card permitindo sua identificação e tratamento individualizado. Este cartão funcionou também como armazenador das transações efetuadas, permitindo no posto de coleta a emissão de extratos.
Estas transações, armazenadas nos cartões eram encaminhadas para um servidor de transações centralizado (uma plataforma computacional de alto desempenho), armazenadas em um datawarehouse e gerenciadas para a geração de informações para o faturamento da concessionária.
Para maior facilidade de implantação proposta futura, os postos de coleta também puderam ser itinerantes ou criados em estabelecimentos comerciais existentes, mediante acordos de parceria. O material reciclável retirado, foi pré processado e encaminhado, pelas empresas de coleta, para reutilização pelas indústrias recicladoras na baixada fluminense.